terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O QUE É O 'VALE EUROPEU'?

O 'Vale Europeu', apesar do nome, localiza-se no Brasil e compreende a região do Vale do Itajaí-SC. 


O local leva este nome por possuir heranças culturais fortíssima dos Alemães, Italianos, Portugueses, Poloneses e Austríacos, que vieram para o Brasil na época da colonização. Além de várias festividades típicas destes países, a gastronomia e arquitetura do local são um grande convite para conhecer estas cidades! 


Várias cidade fazem parte do 'Vale Europeu' (veja quais são em http://turismo.sc.gov.br/destinos/vale-europeu/), no entanto, algumas foram mapeadas para a criação do primeiro roteiro brasileiro planejado, para a prática do cicloturismo. Este percurso, com aproximadamente 300km, passa nas principais cidades/distritos do Vale Europeu, por meio de estradas rurais, tranquilas e montanhas, apresentando vilarejos com casas típicas, fauna e flora, típicas da região! Desde então, o caminho tem atraído muitas pessoas do Brasil e do exterior. 

Circuito Vale Europeu

Uma particularidade muito interessante deste caminho é sua logística, visto que começa e termina na mesma cidade, Timbó! Além disso, é possível fazê-lo a pé ou de bike, embora os caminhos não sejam exatamente os mesmos. Durante o percurso, haverá sinalização para ambos. O que diferenciará, é que as setas amarelas são para os ciclistas enquanto as brancas serão para os mochileiros. Os mapas e as informações dos trajetos, encontram-se  no site http://www.circuitovaleeuropeu.com.br/


Quanto ao grau de dificuldade, eu diria que é médio. Mas depende também de alguns fatores externos, como por exemplo, o clima. A região é muito fria e, por ser montanhosa, com muita mata, tem bastante incidência de chuva. Já no verão, é igualmente intenso. Peguei sensação térmica de 47º, em dezembro, ou seja, isso pode se tornar um 'problema'. A parte boa, é que no verão você aproveita todas as cachoeiras e corredeiras... 

Segue o cronograma sugerido pelos criadores:

Outra coisa bacana é a existência do passaporte, que poderá ser carimbado durante o percurso, e o certificado que será entregue no final.Na época, tinha o valor simbólico de R$ 10,00. 



Na sequência, meu diário de bordo:

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Preparação da Cicloviagem - 19/12/2013

Fazer uma viagem de bike não é propriamente a coisa mais simples, embora possa dar a impressão. Existem muitas coisas a serem avaliadas, como por exemplo, a estrutura do local, clima, possíveis dificuldades físicas, etc. Por isso, estou estudando o circuito a pelo menos uns dois meses. 

Li vários blogs de pessoas que fizeram e amaram, demonstrando isso através de fotos e relatos impecáveis. Mas já li também alguns relatos de pessoas que passaram muitas dificuldades, até mesmo abortando alguns trechos. Meus planos é tentar fazer tudo, mesmo sabendo que isso significará transpor algumas montanhas. 

Estou na fase da preparação e por isso devo me lembrar de não 'encher' muito os alforges. Como fiz a última cicloviagem há 6 meses, estou preparando meu material para não passar pelas mesmas dificuldades da última vez, isso inclui:
  • Suporte para o alforge - melhoramos isso para não correr o risco de cair, como aconteceu em Compostela.
  • Cinta - Terá a mesma função do suporte, ajudando a dividir o peso dos alforges. 
  • Capas - em Compostela, após 5 dias com chuva, barro, poeira, etc, o Alforge tava muito emporcalhado. Por esta razão, decidi fazer umas capas com tecido de reciclagem de Guarda-Chuva, para ser leve e impermeável, além de fácil lavar/secar, assim poderá ser higienizado todos os dias. 
Suporte feito por um serralheiro para dividir o peso entre os dois varões
Desmontar e montar as tiras do guarda-chuva para obter a capa
Cinta para envolver os dois alforges no suporte
Capa feita de tecido de guarda-chuva (reciclagem)
Capas de tecido de guarda chuva e refletivos para chamar atenção
Os custos já foram levantados e as reservas já estão feitas. Abaixo a relação de todos os lugares / custos (ainda faltam os valores das refeições). 



Agora é hora de "fazer as malas" e embarcar em mais uma aventura... Segue a lista

domingo, 29 de dezembro de 2013

Viagem de Carro - Sorocaba a Timbó - 21/12/2013

A Viagem...
www.mapeia.com.br
Pela previsão a viagem duraria 8:30 hrs em 574 km percorridos... 

Como estamos em dois motoristas, decidimos revesar a cada duas horas... eu dirigi na Serra de Juquiá, o Filipe na BR 116, depois eu na BR 101 até Blumenau e o Filipe até Timbó.

Na Serra de Juquiá estava garoando e tinha muito trânsito.





A BR está ótima, no que diz respeito a pista, em compensação temos que 'aguentar' os caminhões nos espremendo e apertando a velocidade de 120 km/h. O Filipe ficou horrorizado e dizia o tempo todo que em Portugal e Espanha é proibido caminhões deste tamanho nesta velocidade... "Seja bem vindo ao Brasil :("



Mas as paisagens são lindíssimas...



Outra particularidade interessante é que tem alguns pedágios, mas um pouco diferente do que estamos acostumados, pois o valor é de R$ 1,80. Acho que pelas contas, o site passou o valor quase correto, ou seja, R$ 9,60. Outro cuidado necessário na BR 116, é que há poucos postos entre São Paulo e Paraná. Por isso, é interessante manter o tanque cheio e assim que chegar a Curitiba abastecer. Leve também água e alguma coisa para comer, assim tudo estará bem abastecido, caso pegue um congestionamento. Segue um gráfico dos postos de atendimento:




Decidimos dar uma voltinha maior e passar em Blumenau. Chegamos lá mais ou menos às 15:30 e decidimos fazer uma pausa para comer uma Cuca, especialidade do lugar. Depois passeamos um pouquinho por la e tiramos umas fotos.



E chegamos ao Vale Europeu:














A viagem durou mais ou menos 11 hrs, contando com a pausa em Blumenau, sem sustos ou complicações, chegamos a bela cidade de Timbó às 17:30 hrs, que fica a uns 20 km de Blumenau, e saímos para conhecer...















Fomos então procurar o Hotel Irias, onde Sr. Almir nos aguardava. Ele sabe tudo sobre o circuito e passou um bom tempo nos dando muitas sugestões, as quais foram todas anotadas para serem executadas.

Após, fomos até o restaurante Thapyoka para nossa primeira refeição de verdade em solo Catarinense e aproveitamos para pegar nossas credenciais, a um custo de R$ 10,00 cada, e dicas para fazer o Circuito tranquilamente.





A barragem fica logo ao lado... é linda!





No restaurante já com as credenciais, além do livreto com todas as informações que precisamos.















Mapa do trajeto de hoje:

site e informações: www.mapeia.com.br
Depois foi hora de voltar ao hotel e deixar tudo em seu lugar, para partirmos amanhã bem cedo. O carro ficará aqui no hotel, por R$ 15,00 a diária.

Todas as informações do caminho estão disponíveis no site: http://cicloturismo.circuitovaleeuropeu.com.br/ e no guia que ganhamos junto com as credenciais.



A previsão do tempo:



By Kau Jak

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Dia 01 - Timbó a Pomerode - 22/12/2013

O primeiro dia...
http://cicloturismo.circuitovaleeuropeu.com.br/roteiros/

A decisão de ficar no Irias Hotel se deu a atenção que o Sr. Almir dispensou logo no primeiro contato. O hotel é muito limpo e o Sr. Almir fez jus a primeira impressão nos tratando com muito carinho e nos dando muitas informações para o percurso. Achei muito interessante que nos deu inclusive um contato de "resgate" caso tivéssemos pane nas bikes. Abaixo foto do hotel e do contato que nos deu:







Saímos meio perdidos, em direção ao Thapioka. Lá, perguntamos a algumas pessoas onde iniciava-se o caminho e percebemos que ninguém sabia. No entanto, foi descuido meu, visto que todas as informações constam no site e no manual entregues no dia anterior, junto com as credenciais. O início está logo atrás do restaurante e de lá partimos umas 09:30 hrs. 


Caso quiser ver as imagens em tamanho real, basta clicar sobre elas. 






Á partir daqui basta prestar atenção e seguir as setas AMARELAS! Isso por que as setas BRANCAS estarão no caminho para os mochileiros.



Logo que saímos da cidade para as estradas rurais, começamos a cruzar com arrozais em grande quantidade por aqui e, de acordo com moradores locais, lavouras pertencentes a famílias italianas. As paisagens são realmente de tirar o fôlego!








Ao pararmos para a foto abaixo, uma família que estava fazendo um churrasco na ponte de madeira logo atrás, nos perguntou se gostaríamos de almoçar com eles. Rimos, agradecemos, mas não aceitamos, afinal, pedalar depois de um churrasco não seria fácil. 




Na chegada do Rio Ada, uma parada estratégica para a refeição e a preparação psicologia para a primeira grande subida do percurso, distribuída em aproximadamente 4 km mas com uma inclinação de assustar... consegui fazer pedalando :) ! Considerei isso um bom sinal, visto que pelo que li sobre o primeiro dia, dará para ter uma boa ideia da beleza e dificuldade do restante do percurso. E todo esforço tem a sua recompensa, neste caso é um de arrasar! Lá de cima, uma nova parada para curtir o visual.





Estava ansiosa por conhecer algum ciclista, mas este vinha ao nosso encontro. Seu nome é Guilherme, mora em Florianópolis. Ele disse que no segundo dia acabou se perdendo, por seguir a seta branca, e sentiu que não estava muito preparado fisicamente para continuar. Devido a isso e estava voltando para pegar o carro em Timbó. Iria pular direto para o quinto e sexto dia. Fiquei com medo do que ainda viria pela frente



Uma parte da subida, é com mata fechada, muito bonita!



No topo nos apercebemos que a água estava acabando, devido ao calor e aos efeito da subida. Pedimos numa casa que logo nos apontou uma mangueira com água de uma fonte próxima.


Na descida até Pomerode, alias que descida, começa a Rota Enxaimel que trata-se de construções com madeira e alvenaria, e também é uma recompensa.







Chegamos em Pomerode debaixo de chuva. Fomos até uma praça, logo em frente a última flecha de sinalização deste dia, e aproveitamos uma árvore para nos proteger e comer. 


E uma voltinha antes de ir para o hotel...







Fomos então para a Pousada Max, onde já havíamos feito a reserva. Ele fica no centro da cidade, uns 5 km depois do final do primeiro dia. Chegamos razoavelmente cedo, umas 16 hrs. O hotel não é propriamente barato, mas é bem localizado e muito limpo.



Após um banho, vamos conhecer a cidade com mais calma, que é muito simpática, e aproveitamos para dar um pulo no famoso Zoo, que aliás, valeu muito a pena!


















 





Umas 19 hrs fomos então ao único restaurante aberto neste dia, Pierrot, o que não era bem um restaurante e sim uma sorveteria que também vende lanches, sopas e batata recheada. Comemos uma sopa conhecida como 'Vaca atolada' e batatas recheadas, que estavam muito gostosos!





Depois de um longo e delicioso passeio é hora de voltar para o hotel descansar para nosso segundo dia de ciclo...

Previsão do Tempo: